sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ervas de Oxála!


Alecrim, jasmim, trigo(fh),,lírio, arnica, araruta, rosa d'agua, copo de leite(flor e folha), hortelã,poejo, junco, erva-cidreira, trevo, guiné, girasol(sementes), mangericão, mariô, boldo(tapete de Oxalá), coqueiro(fh), limoeiro(fh), arruda, arnica, laranja-da-terra (folhas), vassoura-branca, erva-de-oxalá, erva-quaresma., levante, bambu (folhas).

Ervas de Obaluaê!


Gervão, barba de pau, cipó cabeludo,losna, picão, erva-de-bixo, amendoim(fh),aroeira,suspiro,videira,carqueja,carquejinha, quebra-tudo, onda do mar vermelha,absinto, cancorosa, abacateiro(fh),arumbaba, vassourinha,tuna,café(fh),, urtiga,funcho,mastruço.

Ervas de Obá!


Aspargo, amor perfeito, urtiga, abacaxi(fh), salsa, imbuarama,rosa(cor de rosa), abóbora(fh),salsa parrilha,espada de Sta Rita, alho

Ervas de Ibeiji!


Amoreira (folhas), alfazema, salsaparrilha, manjericão, ipecacuanha, anil (folhas), capim-pé-de-galinha, arranha-gato.

Ervas de Ossãe!


Alcachofra, onda do mar verde, batata inglêsa(fh), alfazema, alecrim, abacateiro(fh), aperta ruão, agrião,chicórea, cana-do-brejo, gervão, abricó(fh), caxeta.

Ervas de Bara o rei do corpo!


Arnica, batata inglêsa(fh), erva de Nossa Senhora,vassoura, amendoim(fh), erva lanceta, cipó mil home, carqueja, couve(fh), canela sasafas

Ervas de Iansã


Alecrim, alfazema, amor perfeito, romã(fh), avenca, batata doce(fh), moranga(fh), moranguinho(fh), suspiro, mangericão,jasmim, erva de loiá, abóbora(fh), espada de Sta Catarina, pitangueira(fh), imbuarama, erva-de-sta-luzia, espada-de-sta-Bárbara.

Ervas de Iemanja


Alfazema, hortelã azul, onda do mar(vermelha e a verde),jasmim, junco, malva cheirosa, cipó ouro, violeta,, verbena, amor perfeito, imbuarama, vetiver, alecrim,erva da lua, açucena, palmas, bambú, marrequinha do banhado, aniz ,aguapé.

Ervas D'Oxum

Mangericão, lírios, amor perfeito, sândalos, poejo, alecrim, alfazema, jasmim, melão(fh),, salvia, violeta, rosa amarela, junco, abóbora(fh),mimo de vênus, moranga(fh),hortelã, moranguinho(fh), arroz(fh), tamareira(fh), avenca, tomate(fh), couve, funcho, trevo, verbena, vetiver, simaruba, guiné, camomila, erva-doce, marrequinha, arruda, erva-cidreira, samambaia, oriri da Oxum, aguapé, plantas aquáticas, lágrimas de Nossa Senhora.

ERVAS DE OXÓSSI


Picão-do-mato, cipó-caboclo, barba-de-milho, mil-folhas, funcho, fava-de-quebranto, gervão-roxo, tamarindo (folhas), alecrim-do-mato, boldo, malvarisco, sete-sangrias, unha-de-vaca, azedinha, chapéu-de-couro, grama-barbante

ERVAS DE XANGÔ !


Trevo, quebra-pedra, erva de Xangô, agrião,caruru, quebra-tudo, quiabo(fh), mangerona, romã(fh), bananeira(fh), fios de pedra, ipê(fh), marapuama, eucalípto(fh), pata de vaca, verbena,arruda, alecrim do mato,goiaba(fh), alfavacão, manga(fh), limão(fh), coqueiro(fh), cambuim, cedro rosa, erva-lírio, café (folhas), saião (folhas), erva- de-são-joão, abre-caminho, quebra-mandinga, , ruibarbo, louro, aperta-ruã, maria-nera, erva-moira, maria-preta, erva-de-bicho.

ERVAS DE OGUM

Açoita-cavalo – Ivitinga: Erva de extraordinários efeitos nas obrigações, nos banhos de descarrego e sacudimentos pessoais ou domiciliares. Muito usada na medicina caseira para debelar diarreias ou disenterias, e usada também no reumatismo, feridas e úlceras.
Aroeira: É aplicada nas obrigações de cabeça, e nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras. Usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital.Dragoeiro – Sangue-de-dragão: Abrange aplicações nas obrigações de cabeça, abô geral e banhos de purificação. Usa-se o suco como corante, e toda a planta, pilada, como adstringenteLimão-bravo: Tem emprego nas obrigações de ori e nos abô e, ainda nos banhos de limpeza dos filhos do orixá. O limão-bravo juntamente com o xarope de bromofórmio, beneficia brônquios e pulmões, pondo fim às tosses rebeldes e crónicas. Tanchagem: Participa de todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação de filhos recolhidos ao ariaxé. É axé para os assentamentos do orixá do ferro e das guerras. Muito aplicada no abô de ori. A medicina popular ou caseira afirma que a raiz e as folhas são tónicas, antifebris e adstringentes. Excelente na cura da angina e da cachumba

ERVAS DOS ORIXÁS


ERVAS DO ORIXÁ EXU: Amendoeira: Seus galhos são usados nos locais em que o homem exerce suas actividades lucrativas. Na medicina caseira, seus frutos são comestíveis, porém em grandes quantidades causam diarreia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo de amêndoas, muito usado para fazer sabonetes por ter efeitos emolientes, além de amaciar a pele.

Aroeira: Nos terreiros de Candomblé este vegetal pertence a Exu e tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras. É usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital. Também é de grande eficácia nas lavagens genitais.Arruda: Planta aromática usada nos rituais porque Exu a indica contra maus fluidos e olho-grande. Suas folhas miúdas são aplicadas nos bori, banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil de perceber, pois se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre. Ela é também usada como amuleto para proteger do mau-olhado. Seu uso restringe-se à Umbanda. Em seu uso caseiro é aplicada contra a verminose e reumatismos, além de seu sumo curar feridas.
Avelós – Figueira-do-diabo: Seu uso se restringe Cajueiro: Suas folhas são utilizadas pelo axogun para o sacrifício ritual de animais quadrúpedes. Em seu uso caseiro, ele combate corrimentos e flores brancas. Põe fim a diabetes. Cozinhar as cascas em um litro e meio de água por cinco minutos e depois fazer gargarejos põe fim ao mau hálito.
Cana-de-açúcar: Suas folhas secas e bagaços são usados em defumações para purificar o ambiente antes dos trabalhos ritualísticos, pois essa defumação destrói eguns. Não possui uso na medicina caseira

BORI !


Da fusão da palavra Bó, que em Ioruba significa oferenda, com Ori, que quer dizer cabeça, surge o termo Bori, que literalmente traduzido significa “ Oferenda à Cabeça”. Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode-se afirmar que o Bori é uma iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de raspagem, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu Bori é (Iésè órìsà).
Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu Ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido as suas próprias potencialidades. Odú é o caminho pelo qual se chega à plena realização de Orí, portanto não se pode cobiçar as conquistas dos outros. Cada um, como ensina Orunmilá – Ifá, deve ser grande no seu próprio caminho, pois, embora se escolha o Orí antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida.
Exú, por exemplo, mostra-nos a encruzilhada, ou seja, revela que temos vários caminhos a escolher. Ponderar e escolher a trajetoria mais adequada é a tarefa que cabe a cada Orí, por isso, o equilíbrio e a clareza são fundamentais na hora da decisão e é por intermédio do Bori que tudo é adquirido.
Os mais antigos souberam que Ajalá é o Orixá funfun responsável pela criação de Orí. Desta forma, ensinaram-nos que Oxalá deve ser sempre evocado na cerimónia de Bori. Iemanjá é a mãe da individualidade, e por essa razão está directamente relacionada com Orí, sendo imprescindível a sua participação no ritual.
A própria cabeça é a síntese dos caminhos entrecruzados. A individualidade e a iniciação (que são únicas e acabam, muitas vezes, configurando-se como sinónimos) começam no Orí, que ao mesmo tempo aponta para as quatro direcções.
OJUORI – A TESTA
ICOCO ORI – A NUCA
OPA OTUM – O LADO DIREITO
OPA OSSI – O LADO ESQUERDO
Desta mesma forma, a Terra também é dividida em quatro pontos: norte, sul, este e oeste; o centro é a referencia, logo, todas as pessoas se devem colocar como o centro do mundo, tendo à sua volta os quatro pontos cardeais: os caminhos a escolher e a seguir. A cabeça é uma síntese do mundo, com todas as possibilidades e contradições.Em África, Orí é considerado um Deus, aliás, o primeiro que deve ser cultuado, mas é também, juntamente com o sopro da vida (emi) e o organismo (ese), um conceito fundamental para compreender os rituais relacionados com a vida, como o Axexê (asesé). Nota-se a importância destes elementos, sobretudo o Orí, pelos Orikis com que são invocados.
O Bori prepara a cabeça para que o Orixá se possa manifestar plenamente. Entre as oferendas que são feitas ao Orí algumas merecem menção especial.
É o caso da galinha de Angola, chamada Etun ou Konkém no Candomblé; ela é o maior símbolo de individualização e representa a própria iniciação. A Etun é adoxu (adosú), ou seja, é feita nos mistérios do Orixá. Ela já nasce com Exú, por isso se relaciona com o começo e com o fim, com a vida e a morte, por isso está no Bori e no Axexê.
O peixe representa as potencialidades, pois a imensidão do oceano é a sua casa e a liberdade o seu próprio caminho. As comidas brancas, principalmente os grãos, evocam fertilidade e fartura. Flores, que aguardam a germinação, e frutas, os produtos da flor germinada, simbolizam a fartura e a riqueza.
O pombo branco é o maior símbolo do poder criador, portanto não pode faltar. A noz cola, isto é, o obi é sempre o primeiro alimento oferecido a Ori; é a boa semente que se planta e se espera que dê bons frutos.
Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranquilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao Orí de cada um eleger as prioridades e, uma vez cultuado como deve ser, proporciona-as aos seus filhos.
Nunca se esqueça: Orixá começa com Orí.