sexta-feira, 6 de novembro de 2009

APLICAÇÃO DE PASSES E BORI!!!!

O que é o Passe de Umbanda? É uma forma de transmitir energias de uma pessoa para outra,geralmente por imposição das mãos. A imposição de mãos é uma técnica para o benzimento, o magnetismo e o passe. Entende-se passe como o influxo de energias de uma pessoa para outra encarnada ou desencarnada. O passe pode ser magnético no que tange a sua qualidade e maneira de ser transmitida, mas, de maneira geral, entende-se que quando usa-se o termo magnético é a energia animal, ou apenas do ser humano que está sendo dispensada. Quando tratamos de passe espiritual é a energia do espírito que está sendo emanada. Na verdade, o passe mais adequado é o misto quando as energias do homem e do espírito estão associadas. Para Umbandistas podemos ir um pouco mais fundo sobre esse assunto. Os passes são a movimentação das Vibrações Cósmicas, que circundam à tudo e à todos no Universo. Subdividem-se em 7 (sete) tipos primordiais:1 e 2 - DESCENDENTES FRONTAIS e CRUZADOS POSTERIORES O Passe Descendente Frontal, destina-se a eliminar o reflexo negativo dos plexos materiais, o que faz baixar qualquer incidência na doença física. Por ser o chakra na parte posterior (costas), esse tipo de passe deve ser aplicado por Entidade incorporada ou por médium passista assistido por uma, sendo acompanhado por um passe Cruzado posterior cruzando-se da esquerda para a direita, de cima para baixo, a partir do Chakra Cervical. 3 e 4 - DESCENDENTE POSTERIOR e CRUZADO FRONTAL O Passe Descendente Posterior destina-se a eliminar a corrente espiritual negativa, o que faz baixar a incidência negativa espiritual espúria, eliminando interferências nocivas. Esse Passe deve ser aplicado por Entidade incorporada ou por médium passista assistido por uma, sendo acompanhado por um Passe Cruzado Frontal cruzando-se da esquerda para a direita na retirada dos miasmas fluídicos e a seguir, da direita para a esquerda, para reavivar a salutar influência do fluído animal, que fará equilibrar a força de vida. 5 e 6 - DIVERGENTES e CONVERGENTES (vide Nota 1) Os Passe Divergentes e Convergentes são essencialmente Espirituais; destinam-se exclusivamente à doenças espirituais e suas conseqüências materiais. Devem ser sempre aplicados em conjunto, começando pelos divergentes, que destinam-se exclusivamente a diluir, dilacerar, espargir toda a cúpula magnética maléfica em torna dos Chakras principais (coronariâno e frontal), seguidos dos convergentes que irão atrair, convergir, agrupar e aglutinar, enfim enfocar sobre os ditos Chakras toda a Força Vibracional do Astral Superior. 7 - MAGNÉTICOS (vide Notas 2 e 3)Os Passes Magnéticos servem tanto para doenças físicas e/ou espirituais. Podem ser aplicados por Entidade incorporada, mas a maior parte das vezes é aplicado por médium passista em vigília, que transmite reforço espiritual ou força vital material através de suas mãos voltadas em direção aos órgãos ou locais afetados, dos que necessitam se submeter à esse tipo de passe.
BORI
(Uma iniciação à religião, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais e passagem,
Ou seja, pela iniciação ao sacerdócio)Da fusão da palavra bó, que em ioruba significa oferenda, com ori, que quer dizer cabeça, surge o termo bori, que literalmente traduzido significa “ Oferenda à Cabeça”. Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode – se afirmar que o bori é uma iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de raspagem, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu bori é ( Iésè órìsà ).Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido suas próprias potencialidades. Odu é o caminho pelo qual se chega à plena realização de orí, portanto não se pode cobiçar as conquistas do outro. Cada um, como ensina Orunmilá – Ifá, deve ser grande em seu próprio caminho, pois, embora se escolha o ori antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida.Exu, por exemplo, nos mostra a encruzilhada, ou seja, revela que temos vários caminhos a escolher. Ponderar e escolher a trajetória mais adequada é tarefa que cabe a cada ori, por isso o equilíbrio e a clareza são fundamentais na hora da decisão e é por meio do bori que tudo é adquirido. Os mais antigos souberam que Ajalá é o orixá funfun responsável pela criação de ori. Dessa forma, ensinaram – nos que Oxalá sempre deve ser evocado na cerimônia de bori. Yemanja é a mãe da individualidade e por essa razão está diretamente relacionada a orí, sendo imprescindível a sua participação no ritual.A própria cabeça é síntese de caminhos entrecruzados. A individualidade e a iniciação (que são únicas e acabem, muitas vezes, se configurando como sinônimos) começam no ori, que ao mesmo tempo apota para as quatro direções.

OJUORI – A TESTA

ICOCO ORI – A NUCA

OPA OTUM – O LADO DIREITO

OPA OSSI – O LADO ESQUERDO

Da mesma forma, a Terra também é dividida em quatro pontos: norte, sul, leste e oeste; o centro é a referencia, logo toda pessoa deve se colocar como o centro do mundo, tendo à sua volta os pontos cardeais: os caminhos a escolher e seguir. A cabeça é uma síntese do mundo, com todas as possibilidades e contradições.
Na África, ori é considerado um deus, alias, o primeiro que deve ser cultuado, mas é também, junto com o sopro da vida (emi) e o organismo (ese), um conceito fundamental para compreender os ritos relacionados a vida, como axexê (asesé). Nota – se a importância desses elementos, sobretudo o ori, pelos oriquis com que são evocados: O bori prepara a cabeça para que o orixá possa manifestar – se plenamente. Há um provérbio nagô que diz: Orí buru kó si orisá. É o bori que torna a cabeça ruim não tem orixá. É o bori que torna a cabeça boa. Entre as oferendas que são feitas ao ori algumas merecem menção especial. É o caso da galinha – d’angola, chamada nos candomblés de etum ou konkém, que é o maior símbolo de individuação e representa a própria iniciação. A etun é adoxu (adosú), ou seja, é feita nos mistérios do orixá.
Ela já nasce com exu, por isso relaciona – se com começo e fim, com a vida e a morte, por isso está no bori e no axexê. O peixe representa as potencialidades, pois a imensidão do oceano é a sua casa e a liberdade o seu próprio caminho. As comidas brancas, principalmente os grãos, evocam fertilidade e fartura. Flores, que aguardam a germinação, e frutas, os produtos da flor germinação, simbolizam fartura e riqueza. O pombo branco é o maior símbolo do poder criador, portanto não pode faltar. A noz cola, isto é, o obi é sempre o primeiro alimento oferecido a ori; é a boa semente que se planta e espera – se que dê bons frutos.Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranqüilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao ori de cada um eleger prioridades e, uma vez cultuado como se deve, proporciona-las aos seus filhos.
NUNCA SE ESQUEÇA: ORIXÁ COMEÇA COM ORI.

Pai Pedro D'Ogum e Yalorixá Katia D'Oxum